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Bastidores de 2026: chapas se desenham e disputa por vagas federais em Sergipe ganha contornos decisivos
Com concentração de votos em poucas legendas, partidos apostam em nomes fortes para superar o quociente eleitoral e garantir espaço na Câmara Federal
Por André Morais
Publicado em 17/12/2025 08:38
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Com as articulações partidárias avançando e as chapas proporcionais ganhando forma, as projeções para a disputa por vagas na Câmara Federal em 2026, em Sergipe, começam a se consolidar nos bastidores políticos. A avaliação predominante aponta para um cenário de forte concentração de votos em algumas siglas, enquanto outras legendas dependerão diretamente do desempenho individual de seus principais nomes para alcançar o quociente eleitoral e permanecer competitivas.

Nesse contexto, o PSD desponta como uma das forças mais consistentes da corrida eleitoral. A legenda conta com o deputado federal Fábio Reis, que deve novamente figurar entre os mais votados do estado, além da deputada Katarina Feitoza, que vem ampliando sua visibilidade e atuação em Brasília. Somado a outros quadros competitivos, o partido apresenta uma chapa robusta, com projeção segura para eleger dois deputados federais.

O Republicanos, mesmo após a saída de nomes considerados de peso nas últimas semanas, ainda mantém musculatura política. A sigla apostará em Thiago de Joaldo, Ícaro de Valmir e André David, o que lhe garante condições reais de conquistar ao menos uma cadeira na Câmara Federal. A possibilidade de uma segunda vaga não está descartada e dependerá diretamente do desempenho nas urnas e da distribuição dos votos.

No PT, o cenário ganhou novos contornos com a entrada de Márcio Macedo na disputa. Embora o partido já conte com o deputado federal João Daniel, a presença do ex-ministro alterou significativamente o equilíbrio interno da chapa. A viabilidade eleitoral da legenda passa, agora, de forma direta pelo desempenho de Macedo. Caso a soma dos votos permita ultrapassar o quociente eleitoral com margem confortável, o PT pode garantir uma vaga, com chance real de ampliar a bancada para duas cadeiras.

Já o PSB vive um momento diferente daquele projetado no início das articulações. Se antes a expectativa era de uma chapa competitiva para duas vagas, o partido enfrenta dificuldades na pré-campanha de Anderson de Zé das Canas, que tem observado desgastes e instabilidades em sua base política em Itabaiana. Diante desse cenário, o nome mais sólido da legenda é o do governador Cláudio Mitidieri, que surge com potencial para figurar entre os mais votados de Sergipe e sustentar o desempenho do partido na disputa proporcional.

 

À medida que o calendário eleitoral se aproxima, os movimentos de bastidores indicam que a eleição de 2026 será marcada menos pela pulverização de candidaturas e mais pela força concentrada em chapas bem estruturadas e lideranças com forte recall eleitoral, tornando cada voto decisivo para o futuro da representação sergipana na Câmara Federal.

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