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“Não é sêmen, e sim material genético”, diz advogada da Associação de Necropsia sobre substância encontrado no corpo de Daniele Barreto
Por André Morais
Publicado em 30/09/2025 10:30
Noticias

Em entrevista concedida ao Jornal da Fan, da Rádio Fan FM, na manhã desta terça-feira, 30, a advogada da Associação dos Agentes-Técnicos de Necropsia, Helen Karyne Santos, trouxe revelações acerca das investigações sobre a morte da médica Daniele Barreto, acusada de planejar o assassinato do advogado criminalista José Lael Rodrigues.

Na semana passada, o advogado de Fábio Trindade divulgou a informação de que sêmen de dois homens diferentes havia sido encontrado no corpo de Daniele Barreto durante. Após a repercussão do caso e, durante a entrevista, Helen Karyne informou que, na verdade, o material encontrado trata-se de material genético.

“Não se tratava de sêmen, e sim de um material genético, DNA. Que aí nos primeiros momentos foi especulado aquela questão toda que seria sêmen, veio até falar que seria de dois homens, aí foi diminuindo. Então assim, vou deixar algo mais concreto, eu gosto de trabalhar sempre com a verdade, com o oficial, porque aí nós teremos pauta pra debater. Então não é sêmen, momento nenhum, e sim material genético, DNA”, explicou.

Morte no presídio

A médica Daniele Barreto, de 47 anos, acusada de envolvimento na morte do marido, o advogado criminalista José Lael, foi encontrada sem vida em uma cela do Presídio Feminino (Prefem) por volta das 16h20 de terça-feira (9). A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado da Justiça e de Defesa do Consumidor (Sejuc) e pelo escritório que fazia sua defesa.

Segundo a Sejuc, a morte foi constatada no momento em que o advogado da médica chegou à unidade para visitá-la. Daniele foi encontrada desacordada. A equipe de saúde do presídio tentou reanimá-la e acionou o Samu, que confirmou o óbito no local.

O Instituto Médico Legal (IML) e o Instituto de Criminalística (IC) foram acionados para os procedimentos de perícia. A direção do presídio instaurou procedimento administrativo interno, e a Polícia Civil conduz a investigação.

Horas antes da morte, Daniele havia retornado ao presídio após deixar a clínica de repouso onde estava internada desde 1º de setembro. Ela participou de audiência de custódia no Fórum Gumersindo Bessa, em Aracaju, e foi reconduzida ao Prefem em cumprimento a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que no dia 29 de agosto revogou a prisão domiciliar concedida em maio pelo ministro Gilmar Mendes.

A defesa da médica havia informado que ela pretendia dar continuidade ao tratamento iniciado na clínica de repouso.

Crime

O crime ocorreu em 18 de outubro de 2024, na Avenida Jorge Amado, bairro Jardins, Zona Sul de Aracaju. Dois homens desceram de uma motocicleta e atiraram contra o carro em que estavam o advogado e um de seus filhos. Ambos foram baleados e socorridos, mas José Lael não resistiu aos ferimentos.

Imagens de câmeras de segurança registraram, cerca de uma hora e meia antes da execução, a amiga e a secretária de Daniele conversando com dois homens dentro de um carro. Em seguida, as mulheres foram deixadas em um condomínio.

Segundo as investigações, no dia do crime, Lael e o filho saíram para comprar açaí a pedido da médica. A polícia aponta que Daniele teria informado aos executores a localização das vítimas. A médica e outras seis pessoas foram presas, suspeitas de envolvimento no crime.

 

Fonte: Fan1

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