O deputado federal João Daniel (PT) confirmou em entrevista em uma Rádio, nesta quinta-feira, 18, que votou contra a votação de urgência do PL da Anistia e contra a chamada ‘PEC da Blindagem’, mas revelou que votou no destaque que propõe voto secreto dos parlamentares em caso de investigação.

O deputado argumentou que o voto secreto proporciona autonomia do parlamentar em relação ao partido. “Se o partido fechar a questão, o deputado vai votar com o partido ou vai ser expulso. E eu acho que nesse caso, ter autonomia dos parlamentares, você tira o poder dos partidos para votar apenas quando é processos relacionados.”

Ainda para João Daniel, o voto de forma secreta pode ser importante em situações que envolvem decisões sobre outros parlamentares e deu exemplos das situações de Glauber Braga e Eduardo Bolsonaro.

“Quando vai ser investigado alguém da casa, quando vai ser caçado alguém da casa, e eu coloquei dois casos que já existem, que vão ser votados: um é uma injustiça, que é o caso do Glauber Braga e o outro é uma necessidade, é uma maldade que está sendo feita por Eduardo Bolsonaro. Se for aberto, qual a possibilidade de Eduardo Bolsonaro ser caçado? Nenhuma. Se for aberto, qual a possibilidade de Glauber Braga ser caçado? Com certeza será caçado. Não tenho dúvida. Os partidos do Centrão vão fechar a questão. Agora, se for sem, com autonomia do parlamentar, você pode mudar o resultado. O parlamentar não vai se dispor com partido, ele vai votar com autonomia. Então, eu acho que para esse assunto apenas, para esse assunto apenas, dá mais possibilidade de votar com a cabeça própria do parlamentar e não com a decisão do partido. Nesse caso é melhor assim, mais justo, neste quesito do voto quando deve ser caçado ou processado o parlamentar da casa”, justifica