Na manhã desta quarta-feira, 28, a Prefeitura de Lagarto, por meio das secretarias municipais de Saúde (SMS) e de Inclusão das Pessoas com Deficiência, Acessibilidade e Direitos Humanos (Seminc), realizou, no Centro Especializado em Reabilitação (CER III), um evento especial voltado ao acolhimento e cuidado das pessoas com fibromialgia no município.
A ação aconteceu como parte da agenda de atenção continuada a esse público, com atividades integrativas, serviços de saúde e cadastramento para a Carteira de Identificação da Pessoa com Fibromialgia (Cipfibro).
O encontro, marcado por emoção, empatia e escuta ativa, reuniu pessoas com diagnóstico de fibromialgia e profissionais de saúde em um momento de cuidado e acolhimento. A programação incluiu uma animada aula de dança, dispensação do medicamento pregabalina — essencial no tratamento da doença, aferição de sinais vitais e a oferta de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS).
Além disso, foi realizado o cadastramento da Cipfibro, que continua disponível todas as sextas-feiras, das 8h às 12h, na sede da SMS.
Políticas públicas inclusivas
A secretária municipal de Saúde, Goretti Reis, ressaltou a importância de iniciativas que deem visibilidade às pessoas com fibromialgia e reafirmou o compromisso da gestão com a causa. "É uma política pública forte, com um número crescente de pessoas diagnosticadas. Não podíamos deixar passar o mês de conscientização da fibromialgia sem promover esse momento de escuta e cuidado. Já saímos daqui com o compromisso de criar um grupo específico na academia municipal para atender pessoas com a condição. A gestão está atenta e comprometida em ampliar esse suporte”, afirmou.
Goretti Reis, secretária municipal de Saúde. (Foto: Ronaldo Gomes/SMS)
O secretário da Seminc, Weslley Carvalho, reforçou a união das secretarias em prol da inclusão. “Estamos aqui para reafirmar o compromisso da gestão municipal com a população de Lagarto. A Seminc está ao lado da SMS, da Educação [Semed] e de outras pastas para garantir que esse grupo tenha o atendimento digno que merece. Hoje também é o Dia do Desafio, e trouxemos a dança como símbolo de superação e alegria”, declarou.
Dor invisibilizada
Durante o evento, relatos emocionantes mostraram a força e a resiliência de quem convive diariamente com a fibromialgia. As histórias compartilhadas ajudam a tecer uma rede de apoio que é essencial para a efetividade do tratamento.
A moradora da Colônia Treze, Jaqueline de Melo, de 39 anos, se emocionou ao descrever os desafios enfrentados pelas pessoas que sofrem com a condição. “A fibromialgia é uma dor invisível. Por fora, parecemos bem, mas por dentro, estamos em sofrimento. Muita gente ainda acha que é frescura, preguiça ou exagero. Esse evento mostra que não estamos sozinhas. Aqui, fomos vistas, ouvidas e acolhidas. Isso faz toda a diferença, principalmente para nossa saúde mental.”, disse.
Jaqueline ainda destacou a importância do cuidado integral e contínuo. “O tratamento não é só remédio. É atividade física, alimentação saudável, apoio psicológico e, acima de tudo, respeito. Saber que temos o apoio da Secretaria de Saúde e da Prefeitura nos dá forças para continuar lutando.”
Quem também compartilhou sua experiência foi Idália Maria, de 56 anos, que convive com a fibromialgia há mais de 16 anos. Em seu relato, ela relembrou o difícil caminho até o diagnóstico e agradeceu o suporte recebido. “Passei anos fazendo exames sem saber o que eu tinha. Só depois de procurar um especialista é que descobri a fibromialgia. Hoje, com o apoio da Prefeitura, tenho acesso aos medicamentos e acompanhamento. Isso mudou minha vida.”
