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“Por que mataram e não prenderam?”, questiona mãe de mulher que morreu durante abordagem policial em Laranjeiras
Por Administrador
Publicado em 27/05/2025 09:15
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Em entrevista concedida ao Jornal de uma radio, na manhã desta terça-feira, 27, Rejane Rodrigues, mãe da mulher que morreu durante uma abordagem policial, se pronunciou sobre o ocorrido. O fato aconteceu na último sábado, 24, na BR-235, no município de Laranjeiras.

Segundo a Polícia Civil, a operação tinha como objetivo o cumprimento de um mandado de prisão por homicídio contra um homem, que era ex-presidiário. Durante a ação, os agentes localizaram o suspeito em um veículo, acompanhado de uma mulher. Ao receber ordem de parada, o casal não teria obedecido. Ainda de acordo com a polícia, o homem reagiu à abordagem atirando contra os policiais, que revidaram. Ambos foram baleados e não resistiram aos ferimentos.

A família das vítimas discordam do procedimento adotado pelos policiais na rodovia. Rejane Rodrigues clama por justiça e afirma que, para ela, a morte foi injusta e sem justificativa. Ela cobra explicações das forças de segurança.

“Eu quero saber por que mataram e não prenderam? É isso que quero saber. A minha revolta é isso, eu quero saber por que não prenderam, mataram”, pergunta.

Ao ser questionada sobre o histórico criminal do homem, que motivou a operação, Rejane afirmou que não tinha conhecimento do mandado de prisão em aberto, nem que ele estaria envolvido com outros crimes.

“Eu clamo justiça, eu clamo que a polícia não é para matar. A polícia foi treinada para prender […] Quantas mães estão chorando igual a mim e não podem falar nada?”, disse, referindo-se à justificativa policial frequentemente usada em casos como esse: “reagiu ao confronto e morreu”.

Durante a entrevista, foi exibido um vídeo em que o homem, companheiro da filha de Rejane, fala sobre ter uma “loja” e uma “área” que pertenceriam a ele. Segundo a polícia, esses termos estariam associados aos crimes de agiotagem e tráfico de drogas.

Sobre o vídeo, Rejane preferiu não comentar, alegando não ter propriedade para falar sobre o conteúdo, além de se tratar de um material antigo. Ainda assim, finalizou com mais um questionamento: “Se a polícia tinha esse monte de vídeo, por que não prendeu?”, reforçando seu argumento de que o objetivo deveria ser a prisão, e não a morte.

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