A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou que até 14 mil bebês podem morrer nas próximas 48 horas na Faixa de Gaza se Israel não permitir a entrada urgente de ajuda humanitária. O coordenador humanitário da ONU, Tom Fletcher, afirmou à BBC que são necessários pelo menos 100 caminhões carregados com alimentos e produtos de nutrição infantil para salvar essas crianças. Até o momento, Israel autorizou a entrada de apenas cinco caminhões, número considerado "uma gota de água" diante das necessidades urgentes .

A crise humanitária em Gaza é agravada por um bloqueio de suprimentos básicos, como comida, água, gasolina e medicamentos, imposto por Israel há mais de três meses. Como resultado, cerca de meio milhão de pessoas — um em cada cinco habitantes de Gaza — estão em situação de fome extrema .

A ONU e outras organizações internacionais insistem na urgência de permitir a entrada de ajuda para evitar uma catástrofe humanitária. A Corte Internacional de Justiça, o mais alto tribunal da ONU, determinou que Israel deve garantir o livre acesso de ajuda humanitária para Gaza, a fim de evitar a fome na região .
Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) relatou um aumento no número de recém-nascidos à beira da morte em Gaza devido à fome aguda, causada por meses de intensos bombardeios israelenses e restrições ao acesso à ajuda humanitária .
A comunidade internacional começa a aumentar a pressão sobre Israel. França, Irlanda e Espanha propuseram revisar o acordo de associação da União Europeia com Israel por violações de direitos humanos. Reino Unido e Canadá também ameaçaram ações concretas se Israel não mudar sua abordagem .
A situação em Gaza é crítica, e a ONU reforça a necessidade de ações imediatas para evitar a morte de milhares de crianças.