Um caso suspeito de gripe aviária em uma criação de subsistência está sendo investigado no município sergipano de Gracho Cardoso, localizado a 112 quilômetros de Aracaju. A informação consta no mapa do Ministério da Agricultura e Pecuária, que é atualizado diariamente.U
Desde que o vírus H5N1 foi identificado pela primeira vez no Brasil, em 15 de maio de 2023, o país já investigou 2.883 casos suspeitos de Síndrome Respiratória e Nervosa em aves. Desse total, 166 foram confirmados como gripe aviária, representando aproximadamente 5% das notificações. Entre os casos confirmados:
1 foco ocorreu em granja comercial;
3 em criações domésticas (aves de subsistência);
164 em aves silvestres.
Segundo apuração da Nordeste Web Rádio, na semana passada, uma produtora rural de Gracho Cardoso relatou a perda de 30% a 40% das aves de seu sítio. A partir do relato, o município enviou um médico-veterinário ao local e notificou a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), já que a produtora afirmou não haver controle vacinal das aves.
A Prefeitura de Gracho Cardoso e o governo do Estado de Sergipe informaram que não irão se manifestar sobre o caso, pois todas as comunicações oficiais sobre a gripe aviária estão centralizadas no Ministério da Agricultura.
O Ministério da Agricultura declarou que divulgará uma nota oficial em breve.
Situação da gripe aviária no Brasil (atualizado até 19 de maio de 2025):
Casos confirmados (2):
Montenegro (RS) – granja comercial
Sapucaia do Sul (RS) – zoológico (cisnes mortos)
Casos sob investigação (6):
Ipumirim (SC) – granja comercial
Aguiarnópolis (TO) – granja comercial
Montenegro (RS) – produção familiar (subsistência)
Gracho Cardoso (SE) – produção familiar (subsistência)
Salitre (CE) – produção familiar (subsistência)
Nova Brasilândia (MT) – produção familiar (subsistência)
Sobre os riscos:
O Ministério da Agricultura reforça que a gripe aviária não é transmitida pelo consumo de carne de aves ou ovos. Os produtos de origem animal inspecionados continuam sendo seguros para consumo, tanto no Brasil quanto internacionalmente.
O risco de infecção humana pelo vírus H5N1 é considerado baixo e, quando ocorre, está geralmente relacionado ao contato direto com aves infectadas, especialmente entre tratadores e profissionais do setor avícola.
As autoridades sanitárias informaram que as medidas previstas no Plano Nacional de Contingência para Influenza Aviária já estão sendo adotadas. O objetivo é conter a disseminação do vírus, garantir a segurança alimentar e evitar impactos na produção avícola.