Na manhã desta quinta-feira (15), a médica cirurgiã Daniele Barreto, investigada por possível participação como mandante na morte do ex-marido, o advogado José Lael Rodrigues Júnior, deixou o Presídio Feminino (Prefem), onde estava detida desde o dia 12 de novembro de 2024.
Ao sair do presídio, localizado em Nossa Senhora do Socorro, Daniele foi encaminhada para a Central de Monitoramento Eletrônico de Presos (CEMEP), vinculada à Secretaria de Estado da Justiça e de Defesa do Consumidor de Sergipe (Sejuc). De lá, ela segue para prisão domiciliar.
A prisão preventiva de Daniele foi convertida em prisão domiciliar por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), tomada na última quarta-feira (14).
A decisão foi proferida pelo Ministro Gilmar Mendes, com base em provas apresentadas pela defesa. Entre elas, vídeos e documentos que comprovam histórico de violência doméstica, física, psicológica e sexual praticada por Lael contra Daniele.
Outro fator que influenciou na decisão judicial foi o fato da investigada ser mãe de uma criança menor de 12 anos. Agora, o processo segue sob sigilo judicial. Outras seis pessoas já foram presas por suspeita de envolvimento no crime.
Relembre o caso
Na noite de 18 de outubro, o advogado criminalista Lael Rodrigues Júnior foi assassinado a tiros dentro de um veículo no bairro Jardins, zona sul de Aracaju. O filho da vítima estava dentro do carro e foi atingido, passou por uma cirurgia e está se recuperando.
De acordo com o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o filho conseguiu chegar ao Hospital Primavera em busca de socorro, mas o advogado faleceu pouco depois de dar entrada na unidade.
Ao total, sete pessoas foram presas por suspeita de envolvimento na morte do advogado. No dia 12 de novembro, cinco pessoas foram detidas: a viúva da vítima, a Dra. Daniele Barreto, a secretária dela e a amiga dela. Também foram presos dois homens, que seriam os executores do crime.
No dia seguinte, 13 de novembro, outros dois suspeitos foram detidos também por suspeita de envolvimento na morte do advogado.


